NO TEATRO OS MONSTROS OPOSITORES APARECEM IMPLACÁVEIS E É PRECISO VENCÊ-LOS ATRAVÉS DA ARTE DO ENCANTAMENTO DO CONTROLE DA EMOÇÃO.
Extrapolei a imaginação e aceitei os bombardeios de meu consciente vindos do inconsciente, suportando as tensões resultantes, mantendo as possibilidades por ele mostradas, perdida na vastidão do oceano de minhas idéias naveguei até o TEATRO, com a esperança de encontrar um novo porto seguro.
Escrever para o Teatro é um ideal que demorou muito tempo para ser alcançado, depois de muitos anos escrevendo e reescrevendo, rasgando papéis, apagando arquivos no computador, lendo e relendo, aprendendo e desaprendendo, enfim, numa longa iniciação nas terras dominadas por Dionísio, o deus da representação.
Depois de tantas autocríticas em relação à língua, achando que nada estava bom o suficiente, que tenho um péssimo português, errando os ss, os ch, me perdendo no mistério das vírgulas e dos acentos, senti que devia priorizar a idéia criativa embora me perca também nelas, estando longe de sofrer de graforréia, terrível doença que ataca pessoas levando-as a escrever de forma desconexa. Mas a vontade de escrever é maior que meus erros, e assim fui fazendo e refazendo tudo até hoje.
Mas ao retomar, caí na mesma crise; após acabar um texto acho sempre que faria melhor outro texto e outro e outro, assim, nunca faria texto algum pois sempre tenho algo para mudar. Até que cheguei à conclusão que escrever é reescrever. Passei a me acostumar com o que havia sentido no dia anterior, sem arrependimentos, aceitando os registros de minha percepção no dia em que escrevi, sem, no entanto, nada impedir que eu reescreva tudo a qualquer momento, apesar disso ter um limite, pois chega uma hora em que o texto deve ficar como está, se desejo muito mudar, escrevo outra peça, esta idéia me tirou da longa crise, salvando-me, entendi a importância do que a deusa I Ó nos primórdios dos tempos nos trouxe justamente o sentido do fim, o ÔMEGA, além das vogais e duas consoantes, não é sem razão que Dionísio deus da representação grita o seu nome todas as vezes que vem à Terra.
O Teatro, desde que o mundo é mundo, é o único lugar que está sempre em crise e prestes a acabar, no entanto, tem agüentado firme dia após dia, movido somente pelo extremo AMOR que todos, desde o autor, ator, porteiro e platéia dedicam a ele. Fazer Teatro exige um esforço diário, e nada garante que o indivíduo vai ser ou não reconhecido, ou ser aplaudido numa única apresentação sequer, mas os deuses precisam dizer amém em uníssono, é a mesma magia, mistério e magnetismo dos rituais sagrados.
Passada as enormes crises intelectuais silenciosas “sobre o que escrever” e como escrever, senti que a vontade aliada à imensa necessidade interna fez-me expressar através de um texto teatral depois que me tornei poeta. Sem medo de me expor, sem preocupar-me com estilo ou o desejo de fazer a GRANDE OBRA, ou a grande MERDA, obrar afinal não significa evacuar? Esta foi a palavra que ouvi os atores dizerem uns para os outros antes de entrar em cena e assim soube de seu verdadeiro significado que estava oculto até então. Portanto minha OBRA é MERDA, evacuada de meu cérebro, limpado com o papel de textos meus, transformando-me em ecologista de mim mesmo ao reciclar o material que seria jogado no lixo.
Minha capacidade para síntese é muito grande, tão necessária para um texto teatral, mas isso sem poesia nada é, pois é o que confere ritmo. Portanto só depois que a veia poética aflorou, em 1994, animei-me a produzir textos para o TEATRO, com linguagem não rebuscada, bem ao contrário, simples, refletindo meus lados românticos, político, espiritual e realista de ver o mundo. Tenho muitas idéias para transmitir, procuro fazê-lo da forma mais direta e clara possível, estou inteiramente comprometida com o que meus personagens.
Escrever para o Teatro é um ideal que demorou muito tempo para ser alcançado, depois de muitos anos escrevendo e reescrevendo, rasgando papéis, apagando arquivos no computador, lendo e relendo, aprendendo e desaprendendo, enfim, numa longa iniciação nas terras dominadas por Dionísio, o deus da representação.
Depois de tantas autocríticas em relação à língua, achando que nada estava bom o suficiente, que tenho um péssimo português, errando os ss, os ch, me perdendo no mistério das vírgulas e dos acentos, senti que devia priorizar a idéia criativa embora me perca também nelas, estando longe de sofrer de graforréia, terrível doença que ataca pessoas levando-as a escrever de forma desconexa. Mas a vontade de escrever é maior que meus erros, e assim fui fazendo e refazendo tudo até hoje.
Mas ao retomar, caí na mesma crise; após acabar um texto acho sempre que faria melhor outro texto e outro e outro, assim, nunca faria texto algum pois sempre tenho algo para mudar. Até que cheguei à conclusão que escrever é reescrever. Passei a me acostumar com o que havia sentido no dia anterior, sem arrependimentos, aceitando os registros de minha percepção no dia em que escrevi, sem, no entanto, nada impedir que eu reescreva tudo a qualquer momento, apesar disso ter um limite, pois chega uma hora em que o texto deve ficar como está, se desejo muito mudar, escrevo outra peça, esta idéia me tirou da longa crise, salvando-me, entendi a importância do que a deusa I Ó nos primórdios dos tempos nos trouxe justamente o sentido do fim, o ÔMEGA, além das vogais e duas consoantes, não é sem razão que Dionísio deus da representação grita o seu nome todas as vezes que vem à Terra.
O Teatro, desde que o mundo é mundo, é o único lugar que está sempre em crise e prestes a acabar, no entanto, tem agüentado firme dia após dia, movido somente pelo extremo AMOR que todos, desde o autor, ator, porteiro e platéia dedicam a ele. Fazer Teatro exige um esforço diário, e nada garante que o indivíduo vai ser ou não reconhecido, ou ser aplaudido numa única apresentação sequer, mas os deuses precisam dizer amém em uníssono, é a mesma magia, mistério e magnetismo dos rituais sagrados.
Passada as enormes crises intelectuais silenciosas “sobre o que escrever” e como escrever, senti que a vontade aliada à imensa necessidade interna fez-me expressar através de um texto teatral depois que me tornei poeta. Sem medo de me expor, sem preocupar-me com estilo ou o desejo de fazer a GRANDE OBRA, ou a grande MERDA, obrar afinal não significa evacuar? Esta foi a palavra que ouvi os atores dizerem uns para os outros antes de entrar em cena e assim soube de seu verdadeiro significado que estava oculto até então. Portanto minha OBRA é MERDA, evacuada de meu cérebro, limpado com o papel de textos meus, transformando-me em ecologista de mim mesmo ao reciclar o material que seria jogado no lixo.
Minha capacidade para síntese é muito grande, tão necessária para um texto teatral, mas isso sem poesia nada é, pois é o que confere ritmo. Portanto só depois que a veia poética aflorou, em 1994, animei-me a produzir textos para o TEATRO, com linguagem não rebuscada, bem ao contrário, simples, refletindo meus lados românticos, político, espiritual e realista de ver o mundo. Tenho muitas idéias para transmitir, procuro fazê-lo da forma mais direta e clara possível, estou inteiramente comprometida com o que meus personagens.
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